quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

No garimpo

Três dias sem dormir
Quase trinta sem água e comida
Sem ontem nem amanhã

Era só o escasso fogo
Azul-promessa de álcool farmacêutico
E raízes pintando de paraíso

(Toda a lama fétida feita mais
De mijo que de minério

Palmo a palmo buraco a dentro)
O disputado céu daquele inferno.

Nenhum comentário:

Postar um comentário